Fístula na cirurgia bariátrica ou após o procedimento cirúrgico.
WhatsApp08 de outubro de 2021

Durante o procedimento cirúrgico contra a obesidade, o estômago é grampeado e suturado (costurado), e caso haja rompimento desses grampos ou pontos, haverá vazamento de secreção gástrica ou alimento para dentro da barriga, o que pode levar a uma infecção. Esse “vazamento” é denominado de fístula. Normalmente, as fístulas ocorrem por má cicatrização dos tecidos, por falta de vascularização e oxigenação destes. O período mais crítico da formação da fístula gira entre o quinto e o décimo dia de pós-operatório.
Alguns fatores como tabagismo, diabetes descontrolado, imunossupressão e outras condições crônicas podem facilitar este processo. No entanto, na maioria das vezes, a ocorrência das fístulas são ao acaso.
Outro fator que pode levar às fístulas é a ingestão exagerada de alimentos nos primeiros dias após a cirurgia, o que acaba pressionando os grampos ou as suturas.
Felizmente, o risco da fístula é menor que 1%. No entanto, seu tratamento deve ser o mais precoce possível e sua cicatrização pode ser demorada, podendo levar 1 mês, atingindo sua melhor resistência após cerca de 4 semanas, daí a importância da dieta líquida indicada neste período.
Alguns sinais e sintomas da fístula:
- Coração acelerado (taquicardia);
- Febre;
- Diminuição do volume da urina;
- Pressão baixa;
- Respiração ofegante;
- Baixa aceitação da dieta e;
- Fortes dores abdominais, nas costas ou no ombro também podem indicar sinais de fístula.
*CASO ESSES SINAIS E SINTOMAS ACONTEÇAM O PACIENTE DEVE PROCURAR COM RAPIDEZ SEU CIRURGIÃO BARIÁTRICO.
Tratamento da fístula
Se o caso da fístula não for tão severo, o uso de antibióticos intravenosos (pela veia) e jejum podem resolver. Em casos mais graves, pode ser necessário uma nova intervenção cirúrgica com o uso de laparoscopia ou laparotomia. Muitas vezes, faz-se necessário a instalação de sonda nasoenteral para alimentação enteral para nutrição precoce do paciente. Outros casos, pode-se utilizar via intravenosa para alimentação. Quanto mais precoce for a intervenção (seja cirurgia, punções ou uso de antibióticos), mais fácil e menos prolongado será o tratamento, após.
Laparoscopia ou laparotomia?
Os dois tipos de técnicas cirúrgicas são usados atualmente e recomendados por diversos cirurgiões. A escolha de uma dessas duas opções irá variar de acordo com a necessidade do paciente.
Geralmente, a cirurgia de laparoscopia é frequentemente recomendada por oferecer um nível menor de invasão ao paciente, já que o abdômen não fica exposto e o paciente não perde tanto sangue ao longo do procedimento. Além de que as dores no pós-operatório são menores e o tempo de recuperação também.