Obesidade e Alimentos Ultraprocessados
WhatsApp31 de agosto de 2021
Os alimentos ultraprocessados são formulações da indústria, feitos em sua maioria ou totalmente a partir de ingredientes e aditivos, contendo pouco ou nenhum alimento integral, como é o caso dos refrigerantes, do macarrão instantâneo e dos salgadinhos. Nestes alimentos, são adicionados açúcares, sal e gorduras não saudáveis, como as hidrogenadas. Normalmente, possuem índice insuficiente de fibras, vitaminas e minerais.
O impacto do aumento no consumo de ultraprocessados pelos brasileiros nas últimas três décadas atua tanto na saúde individual quanto em aspectos coletivos, como a cultura alimentar, a vida social e o meio ambiente. São muito pobres em fibras (essenciais para a prevenir as doenças do coração, diabetes e vários tipos de câncer) e suas características estimulam o consumo excessivo de calorias. Não trazem quantidade significativa de vitaminas, minerais e outras substâncias presentes em alimentos in natura ou minimamente processados, além de apresentarem maior teor de açúcar livre, sódio, gorduras totais e saturadas. Com esse perfil nutricional tão desfavorável, não é de se admirar que estejam entre os fatores da epidemia mundial de obesidade: “a causa da epidemia de obesidade mais importante é o consumo de ultraprocessados, que são rapidamente absorvidos pelo organismo e de baixo teor de saciedade. Famílias que compram mais desses produtos têm maior risco de obesidade e há estudos recentes relacionando o consumo ao aumento do Índice de Massa Corpórea (IMC) médio da população, afetando os índices de circunferência abdominal elevada em 23-34%, de síndrome metabólica (presença de hipertensão, diabetes e dislipidemia) em 79%, de dislipidemia (alterações no colesterol e triglicerídeos) em 102%, de doenças cardiovasculares em 29-34% e da mortalidade por todas as causas em 25%.
Fonte: Estadão (adaptado por Dr. Roberto Coral)